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Brigada do Ódio


Foto: (São Paulo, 1983)

Esse é o primeiro post do Swim in Piss. A intenção aqui é clara: resgatar e dar os devidos créditos às bandas, discos e sons pesados que por vários motivos ficaram esquecidos no tempo e que, hoje, com a ajuda da rede mundial de computadores temos a oportunidade de resgatar. Vamos procurar sempre dar prioridade às bandas brasileiras, não só por uma questão de patriotismo e fortalecimento da cena local mas também tendo em vista que o Brasil possuía e ainda possui os ingredientes perfeitos para a produção de som agressivo. Além disso, todos sabemos que as condições para que se fizessem registros e divulgação das bandas eram extremamente precários até pouco tempo atrás.

Uma banda pouco conhecida e com um som que merece ser lembrado. Brigada do Ódio, banda formada em Mauá, SP no ano de 1983 por 4 garotos, entre eles Luís que já dava sinais de que viria a ser um pioneiro do grindcore. Por um tempo, Luís se dedicou a fazer músicas que tinham uma nota só para não “perder” tempo nem velocidade na mudança de nota. Apesar de ter ficado aparentemente esquecido no tempo, a Brigada do Ódio foi lembrada pelos supostos criadores do "Grindcore", o Napalm Death. Quando estiveram pela primeira vez em São Paulo, o baixista tinha um adesivo do Brigada do Ódio em seu baixo. Fato é que a banda teve chance de fazer um registro de seu som por causa da banda paulistana Olho Seco, que já era famosa e os chamou para fazerem um “Split” em 1985 que continha músicas das duas bandas. Se diferenciando bastante da proposta sonora feita pelo Olho Seco, que apesar de ser agressivo e barulhento tem uma estética igual ao punk da época, muito baseado na banda Discharge. Já Brigada do Ódio tenta fazer algo realmente caótico, onde pouco se entende do ritmo e nada das letras afinal, como dizem, a ideia do grindcore não é fazer música e sim destruí-la.

Você pode conferir o som dos caras registrado no split com o Olho Seco na nossa playlist do YouTube.


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